13 de junho de 2013

Rosas e Punhais

Capítulo 1 - Estoure a bolha

Tenho vontade de fugir, mas não vou. É engraçado como as pessoas sempre deduzem que se alguma coisa de ruim acontece você entrará em alguma espécie de bolha e sufocar até a morte. Sim, a maioria realmente faz isso. Mas eu não quero ser o tipo de gente que foge. Quero ter força pra encarar esses chatos problemas e dizer a eles: “Eaí, quem é que manda aqui?” Afinal, de que vale fugir já que tudo vai continuar onde está? Então passada a lição “aprenda a enfrentar seus problemas”, decidi sair da minha bolha sufocante e viver seja lá o que existia fora dela.
Minha história, eu sofri. Assim como todas as pessoas do mundo. A diferença é que quando aconteceu comigo fiquei com tanto ódio que decidi me isolar e gastar meu tempo pensando nas possíveis formas de vingança, e comecei a torcer que o universo agisse, realizasse meu desejo e explodisse aquelas coisas chatas. Já pensou se o universo realmente escutasse e realizasse cada pedido de vingança das pessoas amarguradas? Te garanto que não estaríamos aqui agora. Mas graças ao cosmo, ao amor próprio e ao senso de ridículo cansei de levar uma vida medíocre de planos sempre falíveis. Não sei se você concorda comigo, mas planejar uma vingança cansa, e muito. E só você que se preocupa com isso, o restante das pessoas seguem a vida, trocam de bolhas, comem ovos mexidos no café da manhã e arrumam ocupações.
Desculpa se não te contei o que aconteceu comigo, mas nem vou contar. O que você precisa saber é que cansei da bolha. Enjoei dela a tal ponto que qualquer coisa que fizesse com que me sentisse daquele jeito de novo, estourava antes mesmo de virar uma pequena bolinha. Estava gastando muito esforço mental com isso, e não gosto de usar meus pensamentos com coisas desnecessárias.
Isso tudo que falei pode ser lixo, ou não. Faz parte do “quem é que manda aqui”. Me sinto cansada só em relembrar de como era dentro da bolha. Algumas pessoas desistem das coisas na metade, e eu não quero ser assim também. Vou até o final com minha história, te garanto. Mas depois, agora ainda não faria sentido continuar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário