8 de junho de 2010

E das experiências que tive, nenhuma foi suficiente para me tornar verdadeiramente experiente.Saber que ao vê-lo ainda me sinto anestesiada como no primeiro encontro.Ainda precisava de você.Das outras experiências vividas, nenhuma me fez esquecê-lo. Não queria esquecer os dias de primavera que passamos juntos, as viagens feitas de última hora. Não queria abandonar o sentimento que por tanto tempo foi minha inspiração, meu refúgio. Minha condenação.Fugi de tudo.Escapar das coisas que traziam à minha memória seu rosto. Tudo lembrava você.Tudo se parecia indescritivelmente com você.Fugir, diferente de correr, não se traça um rumo. Fugindo eu acabei me perdendo.Me perdi e esqueci coisas, pessoas. Menos você.Após tanto tempo sem tê-lo, afirmo, hoje ele é lembrança.Uma lembrança simples, mas que jamais deixará de existir.Tornei-me uma mulher sozinha, porém não mais amargurada.Não procuro mais tê-lo. Não quero encontrá-lo.Tento me tornar uma imagem jovem, uma primavera. Ser como dias ensolarados no parque.Ser como ele foi um dia, exceto lembrança, o parecer eterno é bem melhor.

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