Te prometo que tentarei fugir dos clichês das histórias de amor. Mas o
que poderíamos dizer sobre o amor? É um verbo? Uma ação? Sentimento? Prazer?
Bom, ouso dizer que seja uma mistura de todas essas coisas. É difícil escrever
sobre amor quando não se está vivendo uma fase “romântica”. Mas não é por não
termos ido a Disney que não conhecemos o Mickey, certo? E toda boa história
merece ser contada.
Dito isso, vamos ao que interessa. Tinha essa mulher, cabelos loiros e
olhos castanhos. E tinha esse homem, alto, moreno, cabelos lisos e pretos. O
cara, podemos chamá-lo de “Não sei”, e mulher, nossa “Por quê” eram um casal
feliz. Ou até a chegada da terceira personagem, conhecida como “Que tal”.
Não Sei era um cara divertido, inteligente, independente e aparentemente
fiel. Um homem tem direito de continuar tendo uma vida social após o início de um
namoro, eu sei. Na verdade é um dever! E seguindo esse mandamento Não Sei
manteve o futebol todas as quintas com os amigos, as saídas para os barzinhos
com o pessoal do escritório e algumas paquerinhas ao longo desses momentos de
lazer, afinal ele estava comprometido e não cego. Já Por quê enxergava no
namorado o verdadeiro e único amor pra vida toda. Fazia tudo para agradar o
“benzinho” e até se afastou das amizades masculinas porque ele não gostava.
Relação bem equilibrada né?
Em uma dessas saídas Não Sei conheceu Que Tal, uma mulher atraente, com
um belo par de pernas, cabelos vermelhos e pele cor de porcelana. Ah, caro
leitor, há de se imaginar que como todo homem ele se viu rapidamente atraído
por aquele oásis parado na sua frente. O fato é que a partir daquele dia os
dois começaram a conversar frequentemente. Porém deixemos claro que Por quê não
sabia desse contato entre os dois.
Mas como todos aqui também sabem, intuição feminina é uma coisa que ataca
a mente das mulheres e dificilmente está errada. E dadas as situações Por quê
começou a desconfiar do benzinho, e quando menos esperava estava procurando no
celular do moço alguma coisa que pudesse comprovar a traição. E aí entra o
dilema da história, ela nunca encontrou nada. Mas a pulga continuava ali,
fazendo-a pensar que o futebol ou a cerveja foram trocados por uma noite com a
ruiva atraente. E nenhum relacionamento sobrevive à desconfiança. Ninguém
aguenta o (a) namorado (a) ligando toda hora, suspeitando de tudo. Convenhamos,
quando o namoro está chato qualquer par de pernas na grama do vizinho parece bem
mais convidativo.
Em suma, o relacionamento se desgastou e acabou, como o fim de parte das
histórias de amor. Mas uma coisa que Por quê nunca soube de verdade foi se Não
Sei a havia traído de fato. Que tal nem foi afetada pela decisão do casal, a
menos que essa hora esteja com o jovem galã. Ele sofreu um pouco, mas se sentiu
aliviado por estar livre de um namoro sufocante. E ela, bom, ficou se
perguntando se tinha errado em seu julgamento e perdido o homem da sua vida.
O que essa história nos ensina caros amigos? Ciúme sem fundamento é coisa
de gente que procura o porquê de cada passo do outro. Sabe, gente paranoica cansa,
mas gente sem atitude também. Ou você acha que nosso amigo Não Sei recebeu esse
nome por acaso? Alguém que entra em um relacionamento e continua sem assumir um
compromisso com o companheiro, sem saber o que quer, vai acabar sozinho também.
O resumo é esse: sempre existirá um (a) Que Tal por aí pra te fazer questionar
por que não? E você, quem você vai ser nessa história?
Legal.... muito massa
ResponderExcluirtentou fugir do cliche? voce fez tudo menos fugir do cliche
ResponderExcluirGostei, me deu idéias.
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