Mas Alice se sentia vazia por
dentro, como se faltasse alguma coisa para que ela fosse quem sempre sonhara,
ela nunca desejou todos aqueles olhares. Sempre quisera ser professora, mas sua
mãe a convencera de que com tamanha beleza pudesse fazer algo mais da vida, e o
que seria exatamente “fazer algo mais da
vida?”. Ela não sabia fazer nada além de ser bonita. Então um dia Alice
percebeu o que faltara em sua vida: uma paixão. Não entre homem e mulher,
porque isso ela poderia ter se quisesse, mas uma paixão exclusiva dela, um
talento que talvez nunca fora descoberto. Alice descobriu que para ser feliz
não bastava encantar a todos enquanto dentro de si mesma algo estava
incompleto.
Ela finalmente criou coragem e
começou a dar aulas particulares, e aquelas aulas a preencheram mais que
milhões de festas em que já estivera. Alice encontrou prazer, e sua paixão pela
vida se tornou mais um de seus encantos, o mais belo por sinal. Os homens não
deixaram de amá-la, só que agora também a admiravam.
“Amo você de qualquer
jeito- mesmo que não exista nenhum
eu ou nenhum amor, ou mesmo nenhuma vida,
amo você.”
Mulher para homem, por
carta.
Que bonita expressão, Natália.
ResponderExcluirO caminho nos oferece as cores básicas, o que já não é pouco, mas sempre podemos descobrir novas quando nos propomos a misturá-las com nossas atitudes.
Uma ótima quinta pra você!