18 de junho de 2010

Cap. 3

Chegamos no hospital. A família dele toda estava lá, amigos, e eu. Nunca me senti tão culpada na minha vida inteira. Se não tivesse desmarcado com ele o acidente não teria acontecido. Tudo aquilo era culpa minha!
A enfermeira nos informou que ele estava passando por uma série de exames e que quando fosse pro quarto nos avisaria.

- Eu preciso ver ele!! - eu disse aos prantos no colo da Vic.
- Eu sei amiga, mas não podemos fazer nada agora. Vamos esperar e quando ele for liberado você vai até o quarto e vocês conversam.
- É tudo minha culpa! Por quê eu não deixei que ele fosse nos buscar?! Eu fiz isso com ele...

*

- Vitória?
- Sou eu!
- O Diogo pediu pra te ver.

O que o Diogo queria com a Vic? Por quê não quis falar comigo também? Ai meu Deus, ele me odeia!

*

- Oi Di. Como você está se sentindo?
- Estou bem, foi só um susto.
- Nada disso! A Sofia está aos prantos lá fora achando que tudo isso é culpa dela.
- E por quê seria ?
- Ela diz que se não tivesse cancelado de irmos à festa com você nada disso teria acontecido.
- Isso não tem nada a ver com ela, e não quero que ela se culpe por isso.
- E você diz isso pra mim? Mas, por quê você me chamou aqui mesmo?
- Quero te contar uma coisa.

*

- Você tem certeza disso Diogo?!
- Tenho sim. Sempre a amei, mas nunca me achei bom o suficiente pra ela.
- Você é burro? Por quê deixou que ela sofresse tanto pensando que você nunca a amaria de verdade?
- Medo de não a fazer feliz. A Sofia merece alguém muito melhor que eu Vic. Não sei se posso ser tudo o que ela merece.
- Pode e deve! Vocês se amam, só precisam aceitar isso.
- É, talvez. Mas me prometa que não vai contar nada a ela!
- O quê?! Mas Diogo, ela precisa..
- Não Vic! Na hora certa eu mesmo falo.
- E quando vai ser a hora certa?
- Não sei. Só me prometa isso.
- Ta bom. Pode contar comigo.
- Ótimo! Agora chama a chatinha porque estou morrendo de saudade dela.

*

Finalmente depois de uma semana ele saiu do hospital. O engraçado é que depois disso tudo estou aprendendo a ficar perto dele e não perder o controle. Durante a semana que esteve internado eu o visitei todos os dias, saía do colégio e ia direto para o hospital. Ele, como sempre dizia que não precisava eu ficar me incomodando com ele. Até parece que eu ia deixa-lo sozinho naquele clima horrível de hospital.Não mesmo! E além disso,durante os sete dias, não brigamos nenhuma vez. Isso é um avanço, já que antes cinco minutos estavam sendo suficientes pra um desentendimento.
Contei pro Diogo que hoje vou sair com Lucas, um amigo dele que sempre foi afim de mim mas eu nunca quis nada, ele achou que eu estivesse mentindo. Quando disse que era verdade na mesma hora seu semblante mudou.

- O que foi? Qual o problema em sair com ele?
- Nenhum. Ele só não é homem pra você, conheço bem o cara.
- Acho ele bem legal. Qual é Di, ta com ciúmes de mim?
- Estou. Você não tem ciúmes de mim? A mesma coisa.
- Você sabe muito bem que é bem diferente.

Nessa hora ele ficou calado. Nós dois sabíamos que eu o amava. Em pensar que quando nos conhecemos eu o odiava porque tinha armado pra se encontrar sozinho comigo. Hoje eu aproveitaria a situação. Sou idiota desde sempre mesmo.

- Tenho que ir. O Lucas ficou de passar lá em casa cedo.
- Vai lá então. Mas se eu souber que ele fez alguma coisa com você, ele vai se ver comigo!
- Seus ataques de ciúmes te deixam lindo.

*

Nunca imaginei que o Lucas fosse tão legal. Confesso que fiquei meio balançada, mas não quero usá-lo pra esquecer o Diogo. De qualquer forma, marcamos de nos encontrar amanhã, vamos ver até onde isso vai.


----- Continua -----


Oi gente! Espero que estejam gostando da história. Lembrando que qualquer erro, pode me avisar ok?
Beijo grande :)

Um comentário:

  1. ta ficando mais interessante do que eu previa, vou ler o resto que eu estou curiosa! ai ai *-------------* que história legal guria! dava um filme hohoho

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